Ô maluquete, de quem você é tiete?
Eu sou, sou tiete da Ivete!!!
E como sou! Fui no show dela no último domingo, no Gigantinho, e saí de lá encantada e convencida de que a mulher nasceu pra cantar e fazer o povo feliz.
Ela é talentosissíma, canta muito, dança muito, interage com o público e deixa todo mundo extasiado. Ela conseguiu fazer com que milhares de pessoas, ao mesmo tempo, baixassem até o chão (tipo baile funk, sabe?) sob o argumento de que aquilo soltaria nossos bichos, hehe!
Mais do que uma ótima artista, ela provou que é mesmo muito bem-humorada e palhaça, ligada no que tá rolando (ela dançou a dança do siri, hehe, um sarro) e atenciosa com o lugar que a está recebendo. Além de ter puxado o coro "Ah, eu sou gaúcho", cantou "Deu pra ti, baixo astral, vou pra Porto Alegre, tchau...". O povo amou! Já sou presença confirmada no próximo show dela nos pampas! VOLTA LOGO, IVETE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Os excluídos
Ela é talentosissíma, canta muito, dança muito, interage com o público e deixa todo mundo extasiado. Ela conseguiu fazer com que milhares de pessoas, ao mesmo tempo, baixassem até o chão (tipo baile funk, sabe?) sob o argumento de que aquilo soltaria nossos bichos, hehe!
Mais do que uma ótima artista, ela provou que é mesmo muito bem-humorada e palhaça, ligada no que tá rolando (ela dançou a dança do siri, hehe, um sarro) e atenciosa com o lugar que a está recebendo. Além de ter puxado o coro "Ah, eu sou gaúcho", cantou "Deu pra ti, baixo astral, vou pra Porto Alegre, tchau...". O povo amou! Já sou presença confirmada no próximo show dela nos pampas! VOLTA LOGO, IVETE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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Os excluídos
Quais as semelhanças entre Juliano VP, carioca, traficante, e Fabiano, nordestino, que vive à mercê da seca, trabalhando por uma prato de comida e um teto para morar? Muitas, todas, mais do que eu poderia imaginar.
Eles formam a massa de excluídos do país. Sem acesso à educação, à saúde, à habitação, a saneamento básico, a um emprego digno, a um salário decente.
Diante das adversidades, cada um "escolheu" seu caminho: Juliano, o do crime, Fabiano, o de uma vida miserável. Ambos não conheciam outras realidades e se viraram como dava. Condenar Juliano por ter escolhido "a vida errada" é válido? Como condenar uma pessoa que achou um caminho, mesmo que ilegal, para ter uma vida melhor? Fabiano, se tivesse oportunidade, tenho certeza, faria o mesmo.
Para mim é cada vez mais triste viver em um país de mentira. Que atira Julianos e Fabianos pra debaixo do tapete, onde Julianos e Fabianos só têm vez em matérias no JN sobre a guerra do tráfico e a seca no Nordeste. Aqui se faz e não se paga. A "classe média" se tranca dentro de casa, não olha no olho do menino que pede dinheiro no sinal, acha que paga um ótimo salário pras suas empregadas (E eu ainda dou as roupas velhas pra ela, ué, pra que mais?, dizem as patroas) e ignora as causas sociais da violência.
Está na hora de fazermos algo, nem que seja ler "Abusado", de Caco Barcellos, e "Vidas secas", de Gracialiano Ramos, para nos depararmos, ao menos nas páginas dos livros, com a realidade da massa que insistimos em ignorar.
Eles formam a massa de excluídos do país. Sem acesso à educação, à saúde, à habitação, a saneamento básico, a um emprego digno, a um salário decente.
Diante das adversidades, cada um "escolheu" seu caminho: Juliano, o do crime, Fabiano, o de uma vida miserável. Ambos não conheciam outras realidades e se viraram como dava. Condenar Juliano por ter escolhido "a vida errada" é válido? Como condenar uma pessoa que achou um caminho, mesmo que ilegal, para ter uma vida melhor? Fabiano, se tivesse oportunidade, tenho certeza, faria o mesmo.
Para mim é cada vez mais triste viver em um país de mentira. Que atira Julianos e Fabianos pra debaixo do tapete, onde Julianos e Fabianos só têm vez em matérias no JN sobre a guerra do tráfico e a seca no Nordeste. Aqui se faz e não se paga. A "classe média" se tranca dentro de casa, não olha no olho do menino que pede dinheiro no sinal, acha que paga um ótimo salário pras suas empregadas (E eu ainda dou as roupas velhas pra ela, ué, pra que mais?, dizem as patroas) e ignora as causas sociais da violência.
Está na hora de fazermos algo, nem que seja ler "Abusado", de Caco Barcellos, e "Vidas secas", de Gracialiano Ramos, para nos depararmos, ao menos nas páginas dos livros, com a realidade da massa que insistimos em ignorar.
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