Agora só falta você

"O verdadeiro fracassado não é alguém que não vence. O verdadeiro fracassado é aquele que tem tanto medo de não vencer que não chega a tentar."

Monday, December 04, 2006

Parte 2

Dando continuidade à discussão sobre a obrigatoriedade (ou não) do diploma para jornalistas, reproduzo aqui comentário de meu estimado amigo e ex-colega Paulo Rocha sobre o texto publicado anteriormente.

"Olá amiga e futura sócia.

Gostei da discussão, mas discordo do teu ponto de vista. Até entendo quando vc diz que o diploma serve como uma barreira para os arigós, mas infelizmente grande parte das faculdades estão hoje longe de formar profissionais críticos, preparados e gabaritados. Vide a profusão de pseudocursos de jornalismo com especialização em "assessoria de imprensa". Pô, quer desserviço maior à sociedade?Arigó não se cura com graduação. Em alguns casos, até ajuda na sua procriação. Crítica se cura com leitura e humildade. E infelizmente não existe curso pra isso.
Grande beijo."

Devo dizer que, em parte, concordo com ele. Ser formado, ter o canudo na mão, não é garantia, nem nunca será, de um bom profissional, seja qual for a área. Entra aí então outro ponto: a qualidade dos cursos superiores oferecidos hoje no país. Um dos absurdos, citado pelo Paulo, são os cursos de jornalismo com "ênfase" em assessoria de imprensa. A atividade de assessor é uma das muitas que um jornalista pode desempenhar. Prepará-lo apenas para isso é criar um profissional acéfalo, sem noção do que é ser repórter de verdade e viciado em textos corporativos e tendenciosos. Que me desculpem os assessores de imprensa, mas todos nós, jornalistas, sabemos que a principal atividade do assessor é "puxar a brasa" para o seu assessorado.

A questão da obrigatoriedade do diploma deve ampliar a discussão sobre o sistema universitário do país, e não só em relação aos pseudocursos de jornalismo. Um dos exemplos são os incontáveis cursos de Direito que formam advogados incapazes, em sua maioria, de passar no exame de ordem da OAB.

Ter formação superior não basta para ter sucesso no mercado do trabalho, mas a qualidade da faculdade freqüentada com certeza conta muito no final.
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Tem uma coisa que há dias não sai da minha cabeça... como a mídia (não gosto dessa expressão, mas não me ocorre nada melhor para sintetizar meios de comunicação, apresentadores etc) insiste em fazer com que certas pessoas, bandas, modismos colem a todo custo. Que coisa mais irritante! Tem vezes que simplesmente não dá, a coisa não desce. Um exemplo: aquela menina que antes "atuava" na Malhação, que depois virou "cantora" e agora está na novela Páginas da Vida... a tal Marjorie Estiano. Por mais que tentem enfiar ela guela abaixo, não rola, nem com pedacinhos de miolo de pão. A menina não canta (a não ser o melô grudento "posso tentar te esquecer, mas você sempre será... lálálá") e não atua e, mesmo assim, tá lá, ao lado de atores consagrados por seu talento genuíno. Desculpe, Marjorie, nada pessoal, mas vai arranjar outra coisa pra fazer da vida, vai.
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Nossa, depois que li os dois mini-textos acima vi como tô azeda, hehehe. Mas tem coisas que não dá para não criticar. E já que eu tô nesse ritmo, mais uma pra fechar: O QUE ESPERAR DE UM PAÍS QUE IDOLATRA UMA GAROTA DE PROGRAMA (LEIA-SE BRUNA SURFISTINHA)???????

1 Comments:

Blogger [ Paulo R.] said...

Olá Jo!

Ainda estou meio anestesiado com a vitória (essa droga de ópio do povo, hehe). Mas ainda estou consciente dos problemas que nos afligem.

Eu nunca fui muito simpático às propagandas da Gang, mas esse ano dei o braço a torcer. Depois do "Fuck you" do ano passado, eles acertaram no tom esse ano. Tomara que não fique só no marketing a dica deles. Beijo!

6:21 PM  

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