Profissão: perigo

Até onde vão os benefícios da internet?

A "novidade" Orkut, pra mim, já perdeu a graça. Tanto que saí da comunidade de "amigos virtuais" - e, pelo que parece, dentro desse conceito torpe de amizade, bisbilhotar e fofocar sobra a vida alheia é normal. Conheço pessoas que só usam a internet com essa finalidade. Uma ferramenta que serviria, teoricamente, para ampliar nossos horizontes, nesses casos, acaba deixando-os cada vez mais estreitos. A utilidade da internet é indiscutível. Já o seu conteúdo e a sua forma de uso, muito pelo contrário. Devemos nos preocupar mais com quem está na frente do monitor.
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Ontem, entrei no blog da Gisele (uma amiga de uma amiga minha que já considero minha amiga... hum, que confuso) e lá estava um texto maravilhoso sobre essa profissão perturbadora: jornalista.
O texto falava sobre o desprazer de perder feriados em função do trabalho, da falta de convivência com a família em função dos horários malucos etc.
Quando escolhi seguir essa profissão, sabia de tudo isso. Mas vivenciar é muito mais difícil. Sempre argumentei que a chave do sucesso é o amor pelo que se faz. No caso do jornalismo, isso é 100% verdade. O retorno financeiro não é lá muito animador e a gente "perde" parte da vida porque está trabalhando. O que nos move é a paixão pela atividade. Pelo dever de informar e esclarecer. Pelo dever de contribuir para um povo mais esclarecido. Ouso dizer que nós, jornalistas, contribuímos, na medida do possível, "para um mundo melhor". É, acho que no fim, vale a pena.